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Soluções criativas permitem que empresas tenham “TI verde”

21:00 Postado por Leandro Lima

A sustentabilidade nunca esteve tão em evidência como agora. Primeiro surgiu a necessidade de reciclar produtos e embalagens, depois a redução no consumo de água e, mais recentemente, a neutralização das emissões de carbono. A bola da vez quando o assunto nas empresas é o meio ambiente tem nome: “TI Verde”.

As soluções verdes - ou a Green IT, como está sendo chamada no mercado - são meios eficientes de manter a empresa competitiva, aliando uma postura de sustentabilidade e responsabilidade sócio-ambiental no meio eletrônico. A diminuição no consumo de energia é a principal característica, mas há espaço também para a redução na necessidade de expansões da infraestrutura, o aumento de funcionalidades para os negócios e o atendimento às demandas dos clientes e às normas governamentais.

Segundo uma pesquisa recente realizada pela IBM com mais de mil executivos de 12 países, cerca de 50% das companhias em todo o mundo já implantou algum tipo de medição de consumo de energia para infraestruturas de TI. No Brasil este índice já alcança 66% das organizações, o que torna o País um dos mais preocupados quando o assunto é o consumo de eletricidade.

A questão vem sendo analisada com seriedade por muitos gestores de TI, que colocam a conta de energia elétrica em segundo lugar na lista dos principais custos operacionais de companhias com datacenters internos. Entre as soluções estão a terceirização de processos e a virtualização de servidores, que permite a multiplicação de uma máquina real em várias virtuais.

Medidas como essas podem reduzir em cerca de 40% o consumo de energia das empresas. Mas existem ainda outras soluções, que dependem quase que exclusivamente da adoção de novos processos pelas companhias. Na área de seguros, por exemplo, já é possível emitir apólices assinadas eletronicamente, o que pode evitar o consumo exagerado de papel entre seguradoras, corretores e clientes.

Esses avanços tecnológicos são oferecidos por empresas que aprimoram constantemente sua arquitetura de sistemas e processos, buscando o desenvolvimento de ferramentas e softwares aplicativos mais eficientes às necessidades empresariais.

“Algumas tecnologias de otimização de processos, por melhor que implementemos, ainda dependem de uma utilização efetiva por parte do cliente”, afirma Mauricio Ghetler, diretor de Marketing da I4PRO. “Apesar de oferecermos a emissão de apólices assinadas digitalmente, uma seguradora pode usar isso apenas pontualmente, dando preferência ao papel ao invés da assinatura eletrônica”, explica.

No caso da I4PRO, a economia de papel também pode ser atingida através da interface diferenciada dos seus produtos, que permitem que os modelos de apresentação de consultas, relatórios e a geração de documentos assinados digitalmente evitem o consumo de papel.

Entre as ferramentas que podem contribuir com o meio ambiente através da tecnologia estão ainda a otimização do modelo de dados corporativos - que resulta em menor necessidade de armazenamento - e a utilização inteligente de processos, processadores e seus "cores" que, com melhor balanceamento de carga, evitam picos de consumo de eletricidade, por exemplo. Outra alternativa de bom impacto é a utilização do browser como interface do usuário final, para otimização da carga de processamento na ponta. Sua leveza gera economia energética e isso se multiplica pelo número de usuários da corporação.

Neste cenário, fica difícil mensurar com exatidão os resultados positivos quanto à redução no consumo de energia e papel proporcionados pela tecnologia. Porém, se levarmos em consideração que uma seguradora de porte médio emita cerca de 4 mil apólices por mês, a redução média mensal no consumo de papel será de aproximadamente 100 mil folhas ou 500 quilos de papel.

Para se ter uma idéia de quanto isso representa, estudos indicam que para produzir uma tonelada de papéis novos são necessárias, em média, 22 árvores, 10 mil litros de água e 5 MW/hora de energia.

“Uma boa arquitetura de software pode representar passo importante na direção da TI verde. Investir em soluções para a redução no consumo de energia é fundamental, não apenas porque esses gastos retornam com a economia gerada, mas porque a sustentabilidade e a produtividade andam de mãos dadas”, finaliza Ghetler.

Veja também:

http://www.tiinside.com.br/News.aspx?ID=128277&C=264
http://blig.ig.com.br/marinhosilva/tag/ti-verde/
http://computerworld.uol.com.br/negocios/2009/04/24/ibm-se-mantem-em-primeir
o-na-lista-das-empresas-verdes-de-tecnologia/

Fonte: StudioDpi

1 comentários:

  1. Fernanda Freitas disse...

    O Brasil se mostra um dos mais preocupados, mas não atinge nem 50% da sua capacidade em termos de responsabilidade social. Reciclagem aqui, por exemplo, é meio de vida para catadores de lata e pet. Não existe coleta seletiva e raríssimas pessoas se preocupam em separar seu lixo e procurar reciclagem. No Japão, por exemplo, quem não separa seu lixo é multado.
    Além disso, com o litoral que temos, porque não há um catavento captando energia do vento? É só construindo barragem de hidrelétrica que desiquilibra a natureza?! E as placas de captação de luz de sol?! Somos um país tropical onde as placas pra captação de energia solar é coisa para magnata e Caldeirão do Huck.
    Claro, vai fazer o que, diminuir o leite da teta do alto escalão da Light, entre outras?!
    Me deixa Fê da vida certas estatísticas forjadas.
    Em tempo, agradeço sua visita e o link no site. Andei meio esquecida da rotina blogueira, por isso, só agora dei o ar da graça. Está devidamente linkado tb.
    Bjomeliga

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