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A mídia e a nossa vida familiar

07:02 Postado por Leandro Lima



Se já não bastassem os estereótipos criados pela mídia e as fofocas sobre a intimidade dos famosos, hoje em dia os anônimos também estão tendo sua privacidade “invadida” direta ou indiretamente por programas de televisão.

Produções criadas para discutir relações familiares têm sido usadas para que pessoas comuns lavem sua “roupa suja” na telinha ou passem por uma “humilhação” em rede nacional em troca de uma reforma na casa, no carro ou até mesmo na aparência pessoal. Bem, pelo menos quando há ou não um “benefício” financeiro para a pessoa o vexame acaba sendo aliviado. Mas e quando só o que se ganha é a humilhação?

Este formato de programa que explora a vida pessoal do indivíduo em rede nacional já existe há muito tempo. Mas ultimamente tem contado até com a consultoria de psicólogos, advogados e até juízes oficiais e, em sua maioria, não-oficiais. A nossa vida pessoal, sejamos famosos ou não, está virando um reality show. Só falta instalarem as câmeras em nossas casas (pesar de já existirem em algumas por questão de segurança).

A mídia tem nos imposto como devemos agir, beijar, falar, vestir, discutir, nos relacionar, nos alimentar... Já vi até como devemos agir no banheiro. É mole? Se querem mostrar e ensinar algo útil à população, por que não exibem conteúdos voltados para a educação? Uma boa pedida seria investir em um seguimento que tem crescido muito ultimamente: os candidatos a concursos públicos, devido à falta de expectativa na iniciativa privada. Então, por que não criam algo para este segmento já que está tão difícil arrumar um emprego decente e assistir algo interessante na televisão ultimamente?

Na falta de ousadia, a criatividade tem sido colocada de lado fazendo com que não haja uma melhor qualidade na programação da televisão brasileira, especialmente nos conhecidos canais abertos conforme escrevi em um post anterior. Mas os pitacos não têm sido exclusividade dos canais abertos. Pelo contrário. Muitas ideias foram copiadas dos canais fechados.

Está cada vez mais difícil assistir televisão e acreditar no que se lê e ouve através dos veículos de comunicação.

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